14 de julho de 2016

IMPEACHMENT - Líder do PSDB rebate Lula: 'Quem conhece o processo de impeachment, sabe que Dilma não voltará mais.'

Apesar de o cenário não ser nem um pouco favorável ao PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente afastada, Dilma Rousseff, estão otimistas em relação ao processo de impeachment no Senado. 
Em entrevista nesta terça-feira (12) para uma rádio de Petrolina (PE), Lula afirmou que derrubar o processo de impeachment da petista está “mais fácil” hoje do que antes. De acordo com cálculos que o ex-presidente citou, o resultado do processo está nas mãos de seis senadores.
“Antes você tinha uma Câmara incontrolável. Agora, Dilma está dependendo de seis votos, são seis senadores que podem mudar o destino do país, devolvendo a Dilma o mandato popular que o povo deu a ela e, portanto, somente o povo poderia tirá-la”, disse.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, na passagem por Juazeiro (BA) na última segunda (11), Lula não poupou críticas ao presidente em exercício, Michel Temer. Na avaliação do petista, Temer privatiza “porque não sabe governar”. O ex-presidente disse ainda que, mesmo sendo mais velho, o peemedebista tem muito o que aprender com ele.
Na avaliação do líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), a declaração de Lula foi mais uma tentativa de “iludir” a população. 
“É muito triste um ex-presidente, que inclusive tem contas a prestar na Justiça, tentar enganar os brasileiros com esse tipo de afirmação. Quem conhece o processo de impeachment, o andamento e as possibilidade concretas de votação dos senadores sabe que a presidente afastada não voltará mais. 
Dilma tem apenas que contar os dias para desocupar o Palácio da Alvorada e parar de dispor dessa mordomia paga pelos brasileiros”, criticou.
Para que a petista seja afastada definitivamente, é preciso que 54 dos 81 senadores votem a favor do impedimento. De acordo com o Placar do Impeachment do jornal O Estado de S. Paulo, até agora, 18 senadores declararam o voto contrário ao seu afastamento. 
Ou seja, para permanecer no poder, Dilma precisaria, na verdade, de, no mínimo, mais nove votos, e não seis como citou o ex-presidente Lula.
Política Econômica
Em entrevista ontem à Rádio Capital, de São Paulo, a presidente afastada elogiou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mas não poupou críticas à política econômica do governo Temer. 
A petista reivindicou para si a baixa da inflação e também disse crer em sua vitória no processo de impeachment que tramita no Senado. Para Dilma, a inflação está caindo como consequência de ações tomadas durante a sua gestão na Presidência da República. 
“As condições para a inflação cair foram sendo construídas durante meu governo”, afirmou.
Segundo o líder tucano, Dilma não tem condição moral para falar sobre política econômica e deveria ficar calada. 
“Quem mandou a Petrobras comprar a refinaria de Pasadena mentiu para os brasileiros, disse que na campanha faria o diabo e fez, cometeu crimes de responsabilidade, destruiu a economia, não pode falar isso. 
Completamente desacreditada da população, a presidente deveria parar de dar sua opinião sob pena de ser mais uma vez ridicularizada”, concluiu

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