25 de dezembro de 2014

“Ministros encrenca” podem criar muita polêmica no novo governo

Alguns dos novos ministros certamente vão criar problema ao governo Dilma Rousseff. Uns por pressão de grupos que enxergam claras contradições, outros por processos em andamento.


A da Agricultura, Kátia Abreu, já provocou bastante rejeição até no PT, partido da presidente Dilma Rousseff, por estar alinhada à ala do agronegócio que abraça propostas muito ultrapassadas na área ambiental. Ela responde a inquérito por falsificação de selo público.

O Ministério da Ciência e Tecnologia participa, e até lidera em alguns pontos, a posição brasileira nas negociações climáticas internacionais. Aldo Rebelo, o novo ministro da pasta, já deu demonstrações de só não ter entendido o problema que os cientistas alertam… como até o nega.
Em determinados momentos ele negou o consenso científico de que o ser humano é o principal responsável pelas mudanças climáticas — fato inegável.

A nomeação de Helder Barbalho na pesca, filho de Jader Barbalho, pessoa sempre polêmica na vida brasileira, é consequência de uma derrota nas eleições do Pará. Helder é investigado por improbidade administrativa.

Cid Gomes que vai para a Educação resistiu ao cargo – preferia ter ido para o BID – e é justamente a pasta que exige mais paixão e dedicação do seu titular. A resistência inicial não é um bom sinal.

Além disso, Cid, como todos os Gomes, é conhecido por falas controversas. Uma de suas mais controvertidas declarações foi a de que os professores trabalham por amor e não por dinheiro, causando uma verdadeira comoção nas redes sociais.

A presidente surpreendeu nomeando Jacques Wagner para o Ministério da Defesa. Já se sabia que ele estaria no governo, mas foi cotado para outras pastas.

Valdir Simão para a Controladoria-Geral da União tem um inconveniente: esse cargo exige independência e visão crítica em relação ao governo, e ele é ligado ao PT e atual secretário executivo de Aluízio Mercadante.

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