21 de junho de 2016

POLICIA FEDERAL - "HONRA" CUNHA SE DIZ RESPONSÁVEL POR "LIVRAR" O BRASIL DE DILMA E DO PT.







"LIVRAR O BRASIL DE DILMA E DO PT SERÁ UMA MARCA QUE TEREI A HONRA DE CARREGAR", DECLAROU (FOTO: ZECA RIBEIRO/ CÂMARA DOS DEPUTADOS)

"HONRA"
CUNHA SE DIZ RESPONSÁVEL POR "LIVRAR" O BRASIL DE DILMA E DO PT.
"SERÁ UMA MARCA QUE TEREI A HONRA DE CARREGAR", DISSE CUNHA.

Em um tom de desafio aos adversários políticos, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse que o inconformismo com a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff está fazendo com que ele pague o preço neste momento.

Em uma entrevista coletiva que durou quase duas horas, o peemedebista disse que não se considera "herói" ou "vilão" do afastamento de Dilma, mas não escondeu a satisfação de ter conduzido o processo. 

"Livrar o Brasil de Dilma e do PT será uma marca que terei a honra de carregar", declarou.

Reclamando a todo momento de que era vítima de cerceamento de defesa e ação seletiva do Ministério Público, que recentemente pediu sua prisão, Cunha acusou Dilma de ter distribuído cargos, aprovado doação de áreas no Amapá e liberado emendas para angariar apoio político. 

"E ninguém pediu a prisão dela", protestou. Em sua visão, os inquéritos contra petistas não andam na mesma velocidade que os dele porque a Procuradoria Geral da República se concentra "em que lhe interessa".

No final da coletiva, o peemedebista reforçou que está suspenso do mandato e não impedido de exercer seus direitos políticos. Questionado sobre conversas em torno da possibilidade de renunciar ao cargo de presidente da Casa, Cunha foi categórico. "Não renunciei e não tenho o que delatar".

Cunha deixou o prédio do Hotel Nacional, em Brasília, pela saída de emergência para evitar os manifestantes que gritavam da rua "fora cunha, bandido".

Processo disciplinar

Cunha afirmou que não trabalha com a hipótese de seu processo disciplinar ser votado pelo plenário da Casa. 

Ele disse confiar que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) vai atender seus recursos, os quais apontam nulidades nos trabalhos do Conselho de Ética. 

O peemedebista prometeu protocolar os recursos na próxima quinta-feira, 23.

Eduardo Cunha afirmou que as mudanças de voto que aconteceram no Conselho de Ética foram motivadas por "efeito manada". 

Apesar de não citar nomes, o peemedebista se referia ao deputado Wladimir Costa (SD-PA), que declarou voto a favor de Cunha no colegiado, mas mudou o voto de última hora, após a deputada Tia Eron (PRB-BA) anunciar que votaria contra Cunha.

Questionado no fim da entrevista, o presidente afastado da Câmara afirmou que decidiu vir sozinho para a coletiva por "decisão própria". 

Nenhum de seus aliados o acompanhou na entrevista. O presidente afastado da Casa também informou que pagou do próprio bolso os custos da entrevista, que durou quase duas horas. Ele deixou o local sob gritos de "Fora, Cunha, bandido". (AE)

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