Os mais recentes acontecimentos no âmbito da Operação Lava Jato colocaram um sentido de urgência absoluta na solução da crise política que dizima a economia e promete nos levar a um estado além da recessão, ou seja, à depressão. As consequências tornam-se imprevisíveis, inclusive nas relações sociais, que começam a esgarçar.
Somente uma ampla recomposição política reverterá o quadro alarmante que se desenha nos últimos dias. E, sem a renúncia da presidente Dilma Rousseff, não há possibilidade de construção de um mínimo consenso em torno de medidas urgentes para estancar o esfacelamento político e econômico em curso.
Esse é o caminho mais breve, menos traumático e mais seguro para a democracia brasileira.
O Brasil não pode esperar mais por outras soluções igualmente constitucionais, como o processo de impeachment ou as eleições gerais em 2018.
Não se trata com a renúncia de admitir como verdadeiras as acusações que atingem atualmente a Presidência da República –esse papel cabe à Justiça.
O que deveria mover a presidente é a inconteste falta de condições políticas para conduzir o país neste momento de desafios extremos, tanto no âmbito institucional como no cenário econômico já arruinado por uma das piores recessões da história.
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