PERNAMBUCO/COPA DO MUNDO 2014
Mascote da Copa do Mundo se transforma em carro no Recife
O eletrotécnico Lourenço Morais Filho, de 62 anos, trabalha na Arena Pernambuco e acompanha o universo do futebol de perto. Para ele, só uma coisa merece mais atenção do que a bola: os carros. Dono de cinco automóveis, ele resolveu unir as duas paixões e escolheu um dos queridinhos para deixar a garagem com cara de Copa do Mundo. Sozinho, o pernambucano pintou e adesivou o Fusca modelo 1968 até transformá-lo no mascote do Mundial, o Fuleco.
“Desde que vi que a mascote da Copa seria um tatu-bola, fiquei com isso na cabeça. No último domingo, decidi colocar em prática a ideia”, explica Lourenço, que já tinha se aventurado na decoração de um de seus carros antes. “Já tinha pintado um outro fusca deixando ele igual a uma bola de futebol, mas foi uma tarefa mais fácil. Esse Fuleco precisou de mais retoques, pois quis deixar ele igualzinho à mascote”, revela.
As intervenções no automóvel, que já está sendo chamado de Fulecarro, incluem um tapete que simula o gramado e 18 opções de sons. Além de alguns mais universais como o som de um cavalo relinchando e um assobio “para mulheres bonitas”, o carro também grita “gooool!” e incentiva o time com um “Ê, lelê ô! Lelê ô! Brasil!”. A sirene que “faz o carro falar” é acionada de maneira remota por um controle.
Divisão em casa
O carro faz sucesso nas ruas, mas não agrada todo mundo. Antiga motorista do Fusca, a esposa de Lourenço, Maria Eliane Morais, não gostou muito da ideia. “Esse era o carro lá de casa que minha mulher mais usava, mas depois que fiz essa arte ela disse que não tinha coragem de sair na rua com ele e está usando um gol”, conta o dono do automóvel, que, apesar das criticas da mulher, recebe o apoio do filho Leonardo Morais, também fanático por carros mais antigos. “Prefiro esses porque chamam mais atenção”, diz o filho.
Apesar de trabalhar na manutenção da instalação hidráulica de um dos palcos da Copa 2014, Lourenço vai assistir aos jogos de casa mesmo, ao lado de seu novo xodó. “Vou ficar com o controle a postos para acionar a cada gol que o Brasil fizer. Vai demorar para ter outra chance como esta. Tudo vai estar acontecendo perto da gente", diz ele, que comemora o fato de o Mundial estar sendo realizado em solo verde e amarelo.
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