29 de setembro de 2016

SPORT CLUBE E STA.CRUZ - assinam termo do MPPE para reformar seus estádios

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MPPE reúne representantes do Sport e do Santa Cruz para assinatura dos TACs (Foto: Cláudia Ferreira/G1).
Clubes se comprometeram em fazer ajustes para segurança dos torcedores.

Recomendações se baseiam em vistorias nos estádios e laudos técnicos.


Representantes das diretorias do Sport Clube do Recife e do Santa Cruz Futebol Clube assinaram nesta terça-feira (27) Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) perante o Ministério Público dePernambuco (MPPE), na sede da instituição. A solenidade, na qual os clubes se comprometeram em promover melhorias na estrutura de seus estádios, na Ilha do Retiro e no Arruda, respectivamente, contou com a participação do Corpo de Bombeitos e do Batalhão de Choque da Polícia Militar do estado.
Formulados pelo Juizado do Torcedor do MPPE, os TACs têm como base vistorias realizadas nos estádios periodicamente pelo Corpo de Bombeiros e visa reformas estruturais nas sedes dos clubes, garantindo, entre outras medidas, a segurança e a acessibilidade dos torcedores.
“De acordo com o decreto 6795/2009, que trata da segurança nos estádios, as entidades que sediam eventos esportivos devem apresentar ao MPPE laudos técnicos de segurança, engenharia, combate de incêndios e condições sanitárias”, explicou a promotora Selma Carneiro, do Juizado do Torcedor.
Resultado de imagem para ESTADIO DO SPORT E DO SANTA CRUZAcessibilidade, mobilidade e problemas estruturais, como fissuras e infiltrações, estão entre os principais pontos a serem corrigidos nos estádios do Arruda, na Zona Norte do Recife, e da Ilha do Retiro, na área central da capital pernambucana. Assinando o TAC, os clubes se comprometem a realizar reformas estratégicas em suas sedes, o que possibilitará um aumento considerável na capacidade de acomodação dos estádios.
A sede do Sport, que hoje tem permissão para receber 27 mil torcedores, deve aumentar essa permissão para quase 33 mil. O do Santa Cruz, com público máximo atual de 53 mil, deve voltar a receber 60 mil torcedores nas partidas no Arruda. As mudanças devem ocorrer em curto, médio e longo prazo, variando de 15 dias, como pequenos ajustes nos banheiros, a 2 anos, como instalação de piso táctil e rampas de acesso para cadeirantes. O cronograma será supervisionado pelo MPPE. Caso os prazos não sejam cumpridos, seram cobradas multas de até R$ 2 mil por dia de atraso.
“A entrada e saída do público é o grande problema do estádio de futebol. Existe necessidade de adequação de combate a incêndio, pânico e segurança na saída. O cálculo do público de um estágio de futebol é voltado para essa capacidade de saída do Torcedor. Por isso houve essa redução”, esclareceu o major Erick Aprígio, engenheiro do Corpo de Bombeiros.
O tenente-coronel Ricardo Barbosa, comandante do Batalhão de Choque, destaca que o cumprimento dessas recomendações irá facilitar o trabalho da PM. "Aumentando a capacidade, eles vão aumentar os acessos, a mobilidade e a acessibilidade. Isso vai facilitar o policiamento. Esse pacto que foi construído em conjunto com os Bombeiros, a Vigilância Sanitária, o Ministério Público e a Polícia Militar pensou em muita coisa", avaliou o comandante.
O presidente da comissão patrimonial do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto, assegurou que várias reformas pontuais já vêm sendo promovidas. “Nós estamos em pleno trabalho de recuperação do Arruda. Estamos fazendo ajustes para transformar numa arena multiuso, como instalação de acessos da arquibancada inferior ao gramado”, exemplificou o dirigente.
O vice-presidente jurídico do Sport, Lêucio de Lemos Filho lembrou a limitação de recursos financeiros por parte dos clubes de futebol, sobretudo do Nordeste. “Precisamos compatibilizar essas necessidades com as nossas possibilidades. Mas nossa presença aqui já ratifica a disposição dos clubes em contribuir com o Ministério Público, pensando nos nossos torcedores”, declarou.

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