Um caso que inicialmente foi tratado como morte por hipotermia se transformou num emocionante testemunho de fé. Um homem que foi encontrado coberto de neve, sem pulsação e com hematomas de congelamento, foi dado como morto pelos socorristas, mas voltou à vida após a insistência de um médico em tentar reanimá-lo.
Justin Smith foi achado coberto de neve, sem pulsação, sem pressão arterial e com o corpo semelhante a “um bloco de concreto”, segundo os relatos obtidos pelo Christian Today. No entanto, um médico insistiu que as tentativas de ressuscitação fossem repetidas por duas horas, o que salvou sua vida.
O homem havia bebido com os amigos na noite anterior, e no dia seguinte, foi encontrado desacordado à beira de uma estrada, sob uma temperatura de -20°, com grande parte do corpo coberto de neve. “Ao vê-lo naquela condição, não tinha esperança”, afirmou Don Smith, pai de Justin. “Eu pensei: ‘Você sabe, ele está morto”, acrescentou.
Em lágrimas, Don ligou para a esposa para contar que havia encontrado o filho morto naquela manhã gélida de fevereiro de 2015. Relatou também que a equipe de emergência não havia conseguido encontrar sinais vitais, e achavam que a exposição à temperatura severa ao longo de aproximadamente 12 horas o havia matado.
Ao levarem Justin desacordado para o hospital Lehigh Valley, os socorristas foram orientados pelo doutor Gerald Coleman, a retomarem os procedimentos de ressuscitação cardiopulmonar.
“Meu pensamento clínico foi muito simples: ‘você tem que estar quente para estar morto’. Algo dentro de mim dizia: ‘Eu preciso dar uma chance a essa pessoa’”, contou Coleman.
Ao longo de duas horas, os socorristas fizeram compressões, e mesmo assim, a temperatura do corpo não mudava e os sinais vitais também não. “Sabíamos que precisávamos de um grande, grande milagre”, comentou a mãe de Justin, Sissy Smith, que aguardou o desfecho do caso em oração.
Justin foi colocado em um sistema de oxigenação, além de uma máquina exterior que fazia o aquecimento do corpo e a oxigenação do sangue. Dessa forma, a temperatura do corpo começou a subir e seu coração voltou a bater por conta própria.
A batalha no entanto, estava longe de ser vencida. Os médico tinham preocupações com o cérebro, pois ele havia ficado sem oxigenação por diversas horas, e os estudos da medicina moderna apontam que as células cerebrais começam a morrer após apenas alguns minutos sem oxigênio.
Inicialmente, os neurologistas convocados para o caso não encontraram sinais de atividade cerebral, mas decidiram mantê-lo vivo ligado aos aparelhos. O doutor John Castaldo contou que tinha “pouca esperança” com relação às chances de Justin voltar à consciência, mas alguns dias depois, novos testes registraram atividade cerebral. “Ficamos exultantes. Acreditávamos que havia um milagre se desdobrando diante de nós”, contou Castaldo.
Semanas depois, Justin recobrou a consciência e compreendia tudo o que acontecia ao seu redor. A hipotermia fez com que médicos amputassem seus dedos dos pés e os dois mínimos das mãos, mas ele ficou sem sequelas neurológicas.
Quase um ano depois, Justin retomou sua rotina, voltando a cursar a faculdade de psicologia na Universidade Penn State, na Pensilvânia (EUA).
“Quando você olha e avalia cientificamente o que aconteceu com Justin, é realmente difícil imaginar que qualquer um na Terra poderia sobreviver a isso”, pontuou o neurologista Castaldo, reconhecendo o milagre.
Já para o médico que o atendeu na emergência, Gerald Coleman, essa experiência o reavivou: “As coisas acontecem por uma razão. Isso simplesmente renovou a minha fé e a razão pela qual eu faço o que eu faço todos os dias”.
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