MUNDO:
PLANETAS DESCOBERTOS FORA DO SISTEMA SOLAR JÁ
ULTRAPASSOU A MARCA DE 1 MIL.
A busca do homem por planetas extraterrestres e pela possibilidade de
haver vida fora da Terra atingiu hoje, 24, um marco simbólico, porém histórico.
O número de planetas descobertos fora do sistema solar ultrapassou a marca de 1
mil, chegando a 1.010 na Enciclopédia de Planetas Extrassolares, um dos
principais catálogos digitais da área.
A lista é atualizada quase que diariamente pelo pesquisador Jean Schneider, do
Observatório de Paris, na medida em que novas descobertas são anunciadas - algo
que se tornou rotina nos 21 anos desde a detecção dos primeiros exoplanetas
(como também são chamados), em 1992.
A marca foi
ultrapassada com o anúncio da descoberta de 11 planetas pelo projeto Wasp, na
Europa. Outros catálogos, como o Arquivo de Exoplanetas da Nasa, ainda não
chegaram a 1 mil, mas estão todos próximos dessa marca (acima de 900).
As variações
devem-se a diferentes critérios para inclusão de novos planetas nas listas.
Seja como for, essa
amostra de 1 mil e tantos planetas já permite aos pesquisadores fazer uma série
de análises e extrapolações sobre a diversidade e abundância de planetas
existentes fora do sistema solar. E, consequentemente, fazer inferências sobre
a possibilidade de haver vida fora da Terra.
“Hoje temos uma
ideia bem melhor de como são os sistemas
planetários por aí”, diz Eduardo Janot
Pacheco, do Instituto de Astronomia (IAG) da Universidade de São Paulo.
As listas incluem
planetas de vários tipos, desde gigantes gasosos, maiores do que Júpiter, até
pequenas esferas rochosas, do tamanho de Mercúrio. “O grande objetivo é
encontrar um gêmeo da Terra”, diz Jorge Melendez, também do IAG. Por gêmeo,
entenda-se um planeta pequeno, rochoso e com condições para abrigar vida -
localizado na chamada “zona habitável” de sua estrela, com capacidade para ter
água líquida na superfície.
Isso ainda não foi
achado, mas parece uma questão de tempo. Segundo Gustavo Mello, da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, estima-se que 10% das estrelas tenham planetas
rochosos na zona habitável.
As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
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