7 de agosto de 2014

COM ALCKMIN, AÉCIO VAI FAZER VISITA AO REDUTO DO PT.


ELEIÇÕES 2014.

Com Alckmin, Aécio visita reduto do PT na periferia de SP

Candidato do PSDB à Presidência fez corpo a corpo com eleitores na Zona Sul da capital paulista, cidade onde a rejeição à Dilma chega a 49% do eleitorado

Bruna Fasano
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e o candidato a Presidência, Aécio Neves, durante visita a região sul da cidade de São Paulo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e o candidato a Presidência, Aécio Neves, durante visita a região sul da cidade de São Paulo (Rafael Arbex/AE/VEJA)
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, visitou na manhã deste sábado a região de M’Boi Mirim, uma das mais carentes da cidade de São Paulo e tradicional reduto de votos do PT. Ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta a reeleição, Aécio caminhou pelas ruas do bairro, visitou uma área de manancial próxima à Represa Guarapiranga e fez corpo a corpo com eleitores e militantes. O presidenciável foi acompanhado de perto pelo ex-governador tucano José Serra, candidato do partido ao Senado.
Uma das estratégias de Aécio nesta primeira fase de corrida ao Palácio do Planalto é percorrer a capital paulista ou o interior do Estado pelo menos uma vez por semana, sempre 'colado' em Alckmin. São Paulo é o maior colégio eleitoral do país, com 32 milhões de eleitores. "São Paulo terá um papel decisivo nessa eleição", reconheceu Aécio, durante a manhã. A visita do tucano é uma forma de explorar a resistência do paulistano ao PT, na tentativa de angariar apoio numa região que costuma ser favorável ao partido nas urnas.
Segundo pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira, o Estado é um dos principais focos de rejeição à presidente Dilma Rousseff. Em São Paulo, 47% dos eleitores não votariam em Dilma, índice acima da média nacional, de 35%. Na capital paulista, a resistência à presidente é ainda maior: 49% rejeitam a candidata. Contribui para o desgaste da presidente a impopularidade do prefeito Fernando Haddad (PT), que, após um ano e meio de mandato, tem aprovação de apenas 15% dos paulistanos.

O Datafolha também testou dois cenários de segundo turno na disputa presidencial em São Paulo. Entre Aécio e Dilma, o tucano venceria por 50% a 31%. A presidente também perderia para o candidato do PSB, Eduardo Campos, mas por uma diferença menor: 48% a 32% a favor do ex-governador de Pernambuco.
Alckmin é visto como importante cabo eleitoral. O levantamento do instituto Datafolha divulgado na quinta-feira mostra o tucano com 54% da preferência do eleitorado – cenário que lhe garantiria a reeleição no primeiro turno. A taxa de rejeição de Alckmin também é baixa, 19%. Além disso, 46% avaliam seu governo como bom ou ótimo. Por isso, Aécio aposta no potencial de transferência de votos de Alckmin para alavancar o próprio desempenho. A pesquisa também detectou que, em julho, os 33% dos eleitores de Alckmin começaram a declarar voto em Aécio. Em junho, o índice era de 24%.
"Não há ninguém que acompanhe a cena política brasileira hoje que não diga uma palavra de respeito, de admiração, pelo mais competente e aprovado governador do Brasil que é o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que vai ter uma vitória extraordinária nessa eleição", afirmou Aécio.
Cobranças – Durante a caminhada, o tucano também ouviu críticas. Foi cobrado por melhorias na Educação e por mais vagas para crianças em creches. Ouviu as reclamações e prometeu trabalhar para melhorar a qualidade do ensino em todo o país.
Questionado sobre o aumento dos índices de criminalidade tanto no Brasil quanto em São Paulo, Aécio afirmou que o governo federal trata o tema de forma omissa. "Na segurança pública, a omissão do governo chega a ser criminosa. Os recursos aprovados para a segurança pública, grande parte desses, vem sendo anualmente contingenciados pela falta de visão do governo".

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