PF faz paralização pelo país prejudica investigações importantes para o Brasil
Os agentes federais estão em greve nacional, e mulas serão colocadas em frente às unidades da Polícia Federal em todo o país. A concentração se inicia às 08h30min e os atos públicos acontecem às 10h00. A federação nacional e seus 27 sindicatos possuem 13.300 policiais federais filiados.
Serviços essenciais serão mantidos, pois o objetivo é conscientizar a população e não prejudicá-la. E com criatividade, o objetivo é chamar a atenção da Sociedade para o sucateamento da PF, visível na mudança do perfil de atuação da instituição, e agora comprovada com dados estatísticos produzidos pelo próprio órgão.
Na década passada, grandes organizações criminosas eram desmanteladas. Mas nos últimos anos, com o sucateamento do órgão, a maioria dos presos são “mulas”, uma gíria para pequenos traficantes. E infelizmente o ministério da justiça tem se empenhado para disfarçar o abandono da instituição.
Durante o ato público, os dirigentes sindicais vão repassar para a imprensa dados estatísticos inéditos que comprovam a queda de produtividade da Polícia Federal nacionalmente e regionalmente, algo não divulgado na imprensa brasileira até hoje. Em frente de cada unidade da PF, dirigentes poderão ser entrevistados.
Os policiais reclamam de uma espécie de boicote do Governo Dilma à Polícia Federal, e dizem estar sendo punidos pelas operações anticorrupção que fizeram e atingiram líderes políticos ligados ao atual governo.
Hoje, o ministro da Justiça precisa ser avisado com antecedência sobre as investigações que atingem políticos, ocorreu uma queda absurda nos investimentos do órgão, e o mesmo ministro tem militarizado a segurança pública brasileira, enquanto competências da PF são entregues à Força Nacional e ao Exército.
Os agentes federais são a única carreira federal que amarga um congelamento salarial que completa sete anos. Durante a última década, o salário desses policiais federais foi reduzido à metade das demais carreiras federais, como Receita Federal, ABIN e Agências.
Como consequência, a cada ano mais de 250 agentes federais abandonam a PF. São servidores capacitados e experientes, com as mais diversas formações acadêmicas exigidas para o cargo. Metade se aposenta precocemente, assim que completa as condições, e a outra metade migra para outras carreiras públicas prestigiadas pelo Governo, com o dobro de salário e sem o risco de vida inerente à função policial.
A Rede
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