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SÃO PAULO:
ASSASINATO Morte de família de PMs levou 10
minutos.
O presidente da Comissão de Segurança
Pública da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional São Paulo (OAB-SP), Arles
Gonçalves Júnior, disse, na segunda-feira, 26, que a execução da família
Pesseghini demorou cerca de 10 minutos, segundo testes feitos na residência na
Brasilândia, na zona norte, onde os cinco corpos foram encontrados.
Segundo testemunhas, a sequência de disparos leva a crer que
as mortes ocorreram nesse intervalo.
A verificação no local do crime foi realizada pelo Instituto
de Criminalística (IC) na semana passada. O período analisado inclui as mortes
dos pais, da avó e da tia-avó de Marcelo - que, segundo a polícia, foi à escola
quando o dia amanheceu e se suicidou na volta. O resultado das perícias ainda
deverá ser divulgado pela polícia.
A Polícia Civil ouviu na segunda-feira, 26, dois PMs que
foram superiores da cabo Andréia Regina Bovo Pesseghini, morta com o marido, o
sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, e outros três membros da família
entre os dias 5 e 6 de agosto. O principal suspeito é o filho do casal, Marcelo
Pesseghini, de 13 anos, que teria se suicidado depois.
Alegre e sorridente
O chefe direto da cabo Andréia, o capitão Laerte Araquém
Fidelis Dias, da 1ª Companhia do 18º Batalhão, na Freguesia do Ó, disse que
desconhecia que o filho da PM era portador de uma doença degenerativa. Ele a
descreveu como uma pessoa alegre e sorridente.
Outro ex-chefe da cabo ouvido no Departamento de Homicídio e
Proteção à Pessoa (DHPP) foi o capitão Fábio Paganotto, ex-comandante da 1ª
Companhia do 18º batalhão. A Corregedoria da PM investiga uma denúncia de que
Paganotto foi alertado pela cabo sobre um esquema de furtos a caixas
eletrônicos praticados por policiais que trabalhavam com ela. Paganotto saiu do
DHPP sem falar com a imprensa.
Após os crimes, o coronel Wagner Dimas, comandante do 18º
Batalhão, chegou a dizer que a cabo denunciou a participação de policiais nos
roubos. Em depoimento à Corregedoria, disse que houve um mal entendido em uma
entrevista. O coronel está afastado por questões médicas, segundo a PM.
Amigos. A polícia pretende ouvir novamente nesta semana
alguns colegas de Marcelo, que disseram que o garoto assumiu ter matado os pais
ao chegar à escola no dia do crime.
Eles teriam omitido informações em seu depoimento, o que
teria sido constatado em um e-mail obtido durante as investigações. Os jovens
fariam parte de um grupo que seria liderado por Marcelo. As informações são do
jornal O Estado
de S. Paulo.
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