O próximo domingo, 13 de dezembro, deve ser marcado por manifestações a favor doimpeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em todo o Brasil, organizadas por grupos independentes como Movimento Brasil Livre, Vem Pra Rua e Revoltados Online, por exemplo. No entanto, o prefeito da capital paulista, Fernando Haddad (PT) decidiu criar dificuldades para os manifestantes, e o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) reagiu.
A imprensa já havia noticiado que a prefeitura de São Paulo havia enviado uma representante à reunião realizada pelo Comando da Polícia Militar com os representantes dos movimentos populares.
Segundo informações do jornalista Reinado Azevedo, da revista Veja, no encontro, a funcionária da prefeitura, Márcia Saraiva de Oliveira, afirmou que não seriam permitidos caminhão de som, interdição da ciclovia, ocupação das imediações do Museu de Arte de São Paulo (MASP) e que era necessário reservar uma via para a passagem de carros.
As exigências da prefeitura, comandada por Haddad, inviabilizariam o protesto, já que o grande afluxo de pessoas durante as manifestações anteriores tomou praticamente toda a avenida.
“Pela primeira vez, a Prefeitura mandou uma representante para participar da conversa. Apresentou-se lá uma tal Márcia Saraiva de Oliveira, falando em nome da Subprefeitura da Sé, à qual está afeita a Paulista. […] Vocês já viram exigências semelhantes ser feitas a movimentos de esquerda? Vocês já viram a Prefeitura criando embaraços a delinquentes que usam a mão de obra dos black blocs?”, questionou Azevedo em seu blog.
Diante disso, Feliciano – que é pré-candidato do PSC à prefeitura de São Paulo – discursou na Câmara dos Deputados criticando a ação de Haddad.
“O prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, que apoia esse governo que aí está, acabou de emitir uma pequena nota, dizendo que a manifestação do dia 13, que vai acontecer em todo o Brasil, em prol do impeachment, em São Paulo não vai poder ser feito como das outras vezes. Mandou um interlocutor falar com o pessoal do Movimento Brasil Livre, impedindo as pessoas de se manifestarem em frente ao MASP, que é um ponto central onde todas as manifestações sempre foram feitas; impedindo as pessoas de caminharem pelas ciclovias; impedindo as pessoas de um milhão de outras coisas. Ou seja: eles nos acusam de golpe e bloqueiam a democracia. Senhor Fernando Haddad, os seus dias também estão contados aí no estado de São Paulo”, discursou o pastor.
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