Um pastor que defendeu o enfrentamento militar contra os extremistas muçulmanos vem sendo criticado pela ênfase dada à questão durante o sermão de domingo.
Robert Jeffress, líder da First Baptist Church of Dallas (“Primeira Igreja Batista de Dallas”), no Texas (EUA), iniciou seu sermão dizendo que os cristãos devem, individualmente, “orar e pregar o Evangelho”, mas como cidadãos, devem cobrar ações do governo para enfrentar o terrorismo e defender seus cidadãos.
Durante o sermão, o pastor classificou o islamismo como uma religião “maligna”, e afirmou que existem diferenças significativas entre o cristianismo e o islamismo, pois no Novo Testamento, Jesus é retratado como “o Príncipe da Paz”, o pregador do amor, enquanto no alcorão, “Maomé, o fundador do islamismo, ordena matar os infiéis assim como ele mesmo decapitou 600 judeus que não o seguiram no campo de batalha”.
O pastor cita ainda que no alcorão há dezenas de versículos ordenando a execução de quem não seguir a religião, e que no Novo Testamento não há nenhuma recomendação para o assassinato de quem não crê, e sim, um ensinamento para “dar a outra face”.
Em entrevista à Fox na última terça-feira, Jefress defendeu seu ponto de vista, ao ressaltar que tem ensinado a palavra de Deus fielmente, e que mesmo que seja politicamente incorreto pregar que Jesus é o único caminho para Deus, essa continua sendo a verdade.
“É impossível separar o que esses oito homens-bomba fizeram de sua fé e sua religião que os inspirou a fazer isso […] Esses terroristas não estavam agindo em oposição ao ensino do Islã. Eles estavam agindo de acordo com os ensinamentos do Islã”, disse o pastor da megaigreja, que tem 12 mil membros e é considerada uma comunidade influente na cidade.
Polêmica, a postura do pastor foi criticada pelo teólogo Robert Hunt, que publicou um artigo classificando o discurso de Jeffress como “a escuridão no coração de Dallas”.
“Certamente, este é o caso de que os membros da comunidade muçulmana, aqui na área de Dallas/Fort Worth, percebem que o discurso do Dr. Jeffress é odioso. E, então eu acho que é justo chamá-lo de discurso de ódio”, escreveu Hunt.
Fonte: Coluna Gospel.
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