Segredos são relativos ao que José Carlos Bumlai sabe a respeito de obras do Instituto Lula.
Um dos maiores amigos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o pecuarista José Carlos Bumlai, prestou um depoimento secreto aos agentes da Lava Jato. A informação foi confirmada nesta quarta-feira, 06, pelo UOL.
As perguntas a Bumlai foram a respeito do que ele sabia sobre as obras que beneficiaram o Instituto do amigo, em São Paulo.
Além disso, o pecuarista foi questionado sobre a propina que envolveu a Petrobrás e a Odebrecht.
O que foi revelado por Bumlai não foi revelado, mas suspeita-se que o conteúdo seja capaz de abalar o país.
Quem decidiu não divulgar o que o empresário disse é o juiz federal Sérgio Moro. O comandante da Lava Jato tem sido alvo de represálias da defesa de Lula, que solicita ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele abandone as investigações relativas ao ex-presidente.
O juiz que recebeu o prêmio de uma das 100 personalidades mais influentes de todo o planeta justificou o sigilo nos depoimentos do empresário dizendo que o motivo é para preservar a eficácia das investigações.
Bumlai foi preso em 2015, mas em março deste ano, Sérgio Moro deixou que o empresário cumprisse três meses de prisão domiciliar. Ele tem um câncer na bexiga e 71 anos de idade.
O pecuarista só pode deixar a residência com a aprovação da Polícia Federal. Ele utiliza uma tornozeleira eletrônica durante todo o dia.
Os investigadores, no entanto, adiantaram aos jornalistas que o conteúdo do novo depoimento não está relacionado a um empréstimo envolvendo o Banco Schahin.
O valor conseguido pelo pecuarista, de R$ 12 milhões, teria sido destinado ao próprio Partido dos Trabalhadores.
Bumlai é apenas um dos muitos nomes ligados ao PT que estão presos ou participam constantemente de depoimentos que podem prejudicar a imagem da legenda.
Nas últimas semanas, vimos até ex-Ministros do governo da presidente Rousseff indo parar atrás das grades, como foi o caso do ex-Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Ele que é marido da Senadora Gleisi Hoffmann (PR - RS) já foi solto pelo STF.
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